terça-feira, 10 de novembro de 2009

NÃO OLHAR PRA TRÁS


Esta semana, assistindo ao sitcom Felicity, no canal Sony, a personagem central (a própria Felicity) diz que o difícil não é seguir em frente: o difícil é não olhar para trás.

De fato, ir pra frente é quase uma atitude automática, impensada e apressada que, quando vamos parar pra perceber o que aconteceu, já aconteceu. Especialmente, numa sociedade que priorizou a seguinte frase:

A fila anda!

E a gente deduz que ande pra frente.

Deve ser uma coisa parecida com ter que deixar Sodoma sem olhar para trás, para não virar estátua e pó.

Quantos de nós consegue, verdadeiramente, deixar o passado lá para trás, por pior ou por melhor que tenha sido?

Tenho minhas dúvidas de que a gente consiga mesmo, simplesmente por repetir que a fila anda e que o melhor é olhar pra frente porque atrás vem gente.

Memória é memória e esquecer significa não lembrar. Neste caso, o que já foi vivido e não deve ser revivido.

Seria uma coisa assim como uma espécie de amnésia consensualmente induzida.

Mas, e se a memória for cósmica, quântica, transcendental e atemporal?

Bom, aí acho que não deve ter problema, porque também não deve ter passado.

Ou, talvez, o melhor seja apenas esquecer o que eu disse e seguir em frente. Porque atrás, certamente, vem muita gente!

Rosana Biondillo

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