
Esta semana, assistindo ao sitcom Felicity, no canal Sony, a personagem central (a própria Felicity) diz que o difícil não é seguir em frente: o difícil é não olhar para trás.
De fato, ir pra frente é quase uma atitude automática, impensada e apressada que, quando vamos parar pra perceber o que aconteceu, já aconteceu. Especialmente, numa sociedade que priorizou a seguinte frase:
A fila anda!
E a gente deduz que ande pra frente.
Deve ser uma coisa parecida com ter que deixar Sodoma sem olhar para trás, para não virar estátua e pó.
Quantos de nós consegue, verdadeiramente, deixar o passado lá para trás, por pior ou por melhor que tenha sido?
Tenho minhas dúvidas de que a gente consiga mesmo, simplesmente por repetir que a fila anda e que o melhor é olhar pra frente porque atrás vem gente.
Memória é memória e esquecer significa não lembrar. Neste caso, o que já foi vivido e não deve ser revivido.
Seria uma coisa assim como uma espécie de amnésia consensualmente induzida.
Mas, e se a memória for cósmica, quântica, transcendental e atemporal?
Bom, aí acho que não deve ter problema, porque também não deve ter passado.
Ou, talvez, o melhor seja apenas esquecer o que eu disse e seguir em frente. Porque atrás, certamente, vem muita gente!
Rosana Biondillo
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