domingo, 7 de agosto de 2011

ASSINATURAS CONFLITANTES


De fato, mais importante que a autoria é o conteúdo…
mas é muito bom ler Neruda, Drumonnd, Clarice Lispector e Mário Quintana de verdade, conhecê-los melhor é tomar antídoto contra esse monte de e-mails que circulam pela net…



Assinaturas conflitantes

Textos erroneamente atribuídos a escritores famosos circulam pela internet,
causando constrangimentos e mal-entendidos

Martha Mendonça, do Rio – Revista Época

Numa crítica à intenção do presidente George W. Bush de invadir o Iraque, a cantora e militante do Partido Democrata Barbra Streisand fez um discurso em Washington do qual teve de se retratar. Ela citou um texto, que atribuiu ao dramaturgo inglês William Shakespeare, sobre os equívocos de um líder incapaz de ‘mensurar o direito dos cidadãos’. Acontece que Shakespeare jamais escreveu tais palavras. No dia seguinte, diante da polêmica nos jornais, a cantora se desculpou: ela havia lido o trecho na internet e acreditara que fazia parte da peça Júlio César.

Não seria justo crucificá-la. Todos os dias circulam em sites e e-mails textos atribuídos erroneamente – de propósito ou não – a autores famosos. Entre os escritores brasileiros, o cineasta e colunista Arnaldo Jabor já se acostumou à contrafação. Com freqüência, é dele a falsa assinatura de textos agressivos que correm pela rede ofendendo celebridades. O último alvo foi a apresentadora Adriane Galisteu. O ex-big brother Kleber Bam Bam também teria sido criticado por Jabor. Tudo invenção. ‘Procuram imitar meu estilo, mas são maniqueístas’, diz Jabor, que usa suas colunas – publicadas pelos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo – para desmentir as lorotas. Luis Fernando Verissimo é outra vítima dos piratas da internet. ‘Fiquei mal com os goianos depois que um texto com meu nome circulou por aí criticando a música sertaneja e tudo o que vinha de Goiás. Houve outro, sobre dor de barriga, escatológico mas inofensivo’, diz.

A escritora e poeta gaúcha Martha Medeiros sofre com outro tipo de equívoco. Muitos textos seus têm saído na internet com a assinatura de importantes nomes da literatura. Sua crônica ‘Felicidade Realista’ foi atribuída a Mario Quintana. Só quem não conhece o estilo do falecido poeta acredita na farsa, pois o texto traz termos atuais, como ‘corpos sarados’ e ‘spa cinco-estrelas’. Outra crônica de Martha, ‘A Morte Devagar’, ganhou a rubrica do chileno Pablo Neruda. ‘Poderia ficar lisonjeada, mas é um absurdo’, diz ela.

Algumas histórias já se tornaram clássicas. Há dois anos, uma enxurrada de e-mails se alastrou pela América Latina dando conta de um adeus do escritor colombiano Gabriel García Márquez. Sofrendo de câncer, o autor de Cem Anos de Solidão despedia-se da vida enumerando as últimas máximas sobre a existência humana. Muita gente chorou. Mas Gabo, Nobel de Literatura de 1982, está vivinho da silva até hoje – apesar do câncer. Chegou a convocar a imprensa para negar a autoria. ‘O que pode me matar não é o câncer, mas a vergonha de que alguém acredite que eu escrevi algo tão cafona.’

Alguns textos, como o atribuído a García Márquez, são crueldade pura, como os boatos e fofocas convencionais. Outros seguem a linha de auto-ajuda. Com isso, passam de mão em mão – ou de tela em tela – rapidamente. Recentemente, um e-mail supostamente escrito pela atriz Patrícia Pillar informava que ela fora vítima de um erro de diagnóstico – e descobriu o câncer de mama tardiamente. O e-mail, na verdade, era um texto truncado de outra vítima da doença, que escrevera comentários sobre uma entrevista de Patrícia.

Autores anônimos assinam seus textos com nomes famosos para dar peso e credibilidade à divulgação. A quantidade de informação que circula na rede é gigantesca – e o aval de uma celebridade é garantia de leitura. Segundo o Departamento de Energia dos Estados Unidos, que tem técnicos especializados em estudar a boataria na internet (em especial assuntos sobre vírus), se cada pessoa repassar um e-mail falso a dez outras, em questão de minutos pode-se chegar a 1 milhão de trotes na rede. E a internet – todo mundo sabe – é terra de ninguém.

Citações fraudulentas não são criação da rede mundial, porém. A rainha degolada Maria Antonieta, como se sabe, jamais disse ‘Se não têm pão comam brioches’, frase atribuída a ela pela tradição oral, mas, na verdade, proferida por um nobre francês cuja identidade se apagou na História. Autor da crônica ‘Ter ou Não Ter Namorado’, o senador Artur da Távola não consegue se livrar do fantasma de Carlos Drummond de Andrade rondando um texto seu, famoso entre as adolescentes dos anos 80. A crônica em questão foi misteriosamente publicada em jornal como uma relíquia deixada por Drummond. Távola fez o desmentido, mas o erro estava eternizado. Há dois anos, no Dia dos Namorados, a crônica foi lida num programa de rádio, de novo atribuído a Drummond. Távola voltou a reclamar. É só chegar mais um Dia dos Namorados para o engano se repetir. O incidente, claro, foi parar na internet. No site da Universidade Federal do Espírito Santo, ‘Ter ou Não Ter Namorado’ tem a grife de Drummond, e ponto final. ‘Resta dizer que, se fosse o contrário, a heresia seria muito maior’, diz Távola, zombando da própria modéstia.


AS FALSAS CITAÇÕES NA REDE

Lorotas espalhadas em sites e e-mails

‘Não ligue a TV no domingo; não entre em carros com adesivos ‘Fui …’ Se te oferecerem um CD, procure saber se o suspeito foi ao programa da Hebe ou se apareceu no Gugu (…) Diga não às drogas.’
Atribuído a: Luis Fernando Verissimo, escritor
Autor: desconhecido

‘Outro dia, a Adriane Galisteu deu uma entrevista dizendo que os homens não querem namorar as mulheres que são símbolos sexuais. É isto mesmo! Quem ousa namorar a Feiticeira ou a Tiazinha? As mulheres não são mais para amar; nem para comer. São para ‘ver’. Que nos prometem elas, com suas formas perfeitas por anabolizantes e silicones?’
Atribuído a: Arnaldo Jabor, cineasta e jornalista
Autor: desconhecido

‘Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo (…) Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema na sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho.’
Atribuído a: Carlos Drummond de Andrade, poeta
Autor: Artur da Távola, escritor

‘Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis…’
Atribuído a: Mario Quintana, poeta
Autora: Martha Medeiros, escritora

‘Pessoas felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.’
Atribuído a: Clarice Lispector, escritora
Autor: desconhecido

‘Aproveite todos os momentos que você tem. E aproveite-os mais, se você tiver alguém com quem compartilhar (…) Lembre-se que o tempo não espera nada nem ninguém.’
Atribuído a: Henfil, cartunista
Autor: desconhecido

‘São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas, finalmente, não poderão servir muito porque, quando me olharem dentro deste arquivo, infelizmente estarei morrendo.’
Atribuído a: Gabriel García Márquez, Nobel de Literatura, supostamente à beira da morte
Autor: desconhecido

TUDO É MARAVILHOSO HOJE E NINGUÉM ESTÁ FELIZ















Cheguei agora há pouco a Brasília.

No embarque, no avião e no desembarque, ouvi as mesmas reclamações de sempre.

"Só tem esse amendoim?"

 "E tem que pagar?" (Webjet, no caso);

"Tem que despachar?";

 "Aff, tem que esperar o ônibus pra levar até o avião?";

"Isso é apertado demais, Deus que me livre".

 Se aproveitaram a mesma promoção que eu, todas essas pessoas pagaram menos de R$ 100 para percorrer quase mil km em 1h20.

Pense nisso por um instante.

Como diz o comediante americano Louis C.K., estamos numa época maravilhosa de avanços tecnológicos que pode estar sendo estragada por uma geração de idiotas mimados. Ele explica melhor no 4° melhor vídeo da história da internet.

Assisti este pedacinho da entrevista dele no programa do Conan O'Brien há coisa de um mês – e mostro o vídeo pra basicamente qualquer pessoa que passe na minha casa desde então. É claro que rir disso é um pouco rir de si mesmo. Quem aqui não reclama de quando o sinal GPS demora mais de 2 segundos, ou do sistema operacional do seu celular "obsoleto" que está carregando as páginas 0.3 segundos mais lento que o do vizinho?

E, como diz o Louis, no avião a coisa é pior. Quando eu era moleque, viajar de avião era coisa para pouquíssimas pessoas. A Varig servia um almoço bom, com talher de prata (minha mãe roubou alguns), porque o preço da passagem era ridiculamente alto. Aí tem gente que reclama que "aeroporto está parecendo uma rodoviária". Que bom. Gente de todo tipo voa hoje – a senhora do meu lado certamente nunca havia voado de avião. Ela não reclamava como o idiota na poltrona da frente que bufava por não ter um bom lugar para pendurar o terno (onde já se viu?!).

Ela achava o máximo, sorria. Talvez precisemos mais disso: de tempos em tempos, pare de reclamar um pouco da tecnologia e lembre o quão mágico é o momento histórico que vivemos. Até agora eu estava sentado em um cadeira. No céu. Não dá para ser mais fantástico que isso.


[DailyMotion. Legendas do vídeo por Marina Val]

INFLAMAÇÃO MENTAL E EMOCIONAL?



 


A inflamação é uma resposta dos organismos vivos a uma agressão sofrida. É uma maneira do organismo exteriorizar, como um aviso, a agressão. Inflamação deriva do latim inflammatio, que significa, atear fogo.
 Ao fazermos um paralelo com relação aos nossos estados emocionais e mentais, podemos observar que, muitas vezes, estamos em "estado inflamatório". A "inflamação emocional e mental" é uma resposta da nossa Alma a uma agressão externa e, na maioria das vezes, interna. Como assim? 
Quantas vezes durante o dia nós dizemos sim, querendo dizer não?
Quantas vezes nos sentimos magoados e ficamos ressentidos durante anos?
Raiva que não foi "digerida", esclarecida. A auto-estimar que cai em queda livre quando nos comparamos aos outros e queremos ser quem não somos, só para sermos aceitos ou "queridos".
Impaciência, por não aceitarmos o ritmo do outro ou mesmo do planeta e da natureza. E até mesmo de Deus.
Revolta quando as pessoas não fazem como queremos; não dizem o que estamos esperando; não agem da forma que acreditamos que seja a melhor.
Decepção quando a verdade nos visita e o que nos resta é reconhecermos que nos iludimos.
Medo da crítica, e nos calamos.
Medo do erro, e não realizamos.
Esbravejamos, gritamos, esmurramos, "engolimos", cerramos os pulsos, travamos os dentes. Buscamos culpados; nos culpamos – impotentes.
Inflamação!
Ateamos fogo na nossa consciência, queimamos em pressa, em irritação, em ressentimento, em indignação, em palavra, em silêncio, em gestos.
Precisamos curar a inflamação. Como fazer? Descobrir a causa. O que está te agredindo? Não olhe para fora agora. Comece dentro de ti. Quais os pensamentos, palavras, sentimentos e atitudes suas te agridem, te jogam para baixo?
O objetivo da inflamação no organismo é dominar, minimizar, neutralizar e eliminar a causa da agressão e induzir a reparação (reposição de células e tecidos mortos por células sadias).
Assim também devemos proceder quando estamos inflamados emocionalmente: descobrir a causa para eliminar o agente agressor e, em seguida, fazer a reposição por atitudes, pensamentos, sentimentos e palavras saudáveis, restabelecendo o equilíbrio.
Sejam os agentes internos ou externos, os desencadeadores das inflamações emocionais e mentais, devemos reconhecê-los como "auxiliares" no nosso processo de crescimento. A reação (inflamação) é a ação interna diante dos agentes agressores. É o pisca alerta. O sinal; o aviso.
O processo inflamatório auxilia o organismo a expulsar o agente agressor. Mas, se este processo se prolonga, ele passa a ser prejudicial e crônico.
Assim também acontece com nossas emoções inflamatórias. Elas nos ajudam a descobrir o que nos está agredindo, nos consumindo, desmotivando, nos jogando para baixo. Mas, é preciso buscar a cura, para que o processo não se torne crônico e doentio.
Podemos estimular o sistema de defesa do nosso organismo para evitar que agentes agressores se proliferem. Tal qual, podemos tomar medidas profiláticas. Procurar o convívio com pessoas "nutritivas", alegres, de alto astral; elevar o nível dos nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações; atividade física para descontrair e adquirir maior flexibilidade; alimentação saudável ajuda a manter um bom ânimo; cantar; dançar; fazer terapia; amar, amar e amar. Sorrir também nutre e é uma medida profilática.
É possível realizar o processo de ampliação do conhecimento de nós mesmos com alegria, sem cobranças, esta é uma aventura da Alma. Estamos aqui para nos conhecermos melhor, vencer nossos vícios, nossa negatividade e descobrirmos a Luz e a Beleza que habita dentro do nosso Ser.
Abraço fraterno

 
Ivete Costa
Life Coaching e Mentoring - Sistema ISOR
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