sábado, 24 de abril de 2010

HAJA PACIÊNCIA

“A paciência é uma atitude humanista. Ser paciente é entender e aceitar a si mesmo e aos outros, e uma virtude necessária para a vida equilibrada, serena. A definição é poética, envolvente, mas a questão é: como ser assim nos dias atuais? Como é possível alcançar esse estado de espírito e comportamento, dentro dos padrões que exigem muito e oferecem tão pouco para o bem-estar individual? Dá para ser paciente com a pressão no trabalho? Com o caos dos centros urbanos? Com fila? Com as outras pessoas?



Claro que dá.... Desde que fique bem entendido que ser paciente é questão de opção e treino. Opção porque decidimos abrir ou não espaço para o que desperta impaciência. Aquele colega de trabalho que é meio devagar para achar um arquivo no computador, ou que raciocina meio segundo mais lento que você, pode, ou não, ser o motivo da sua impaciência – depende de como você reage à maneira de ele ser. Há pessoas com estrutura de personalidade não reativa e reativa. Há quem não se abale por pouca coisa e disponha de uma grande reserva de paciência dentro delas. Outras são predispostas à reação automática, na base do "toma lá, dá cá". Se alguém age de maneira que o incomoda, sua resposta imediata é a defesa, o ataque, a irritação. Em suma, com a impaciência.

O segredo é saber como lidar com o processo reativo. O desenvolvimento da paciência começa com você olhando para o umbigo, mergulhando em si próprio para tentar entender o que o deixa impaciente, o que aquela pessoa (ou situação) tem ou faz que abala a sua tranqüilidade. Quem sabe a resposta surpreenda: talvez não seja ela o problema.



O treino da paciência requer saber lidar com as adversidades sem precisar engolir sapos. A questão, então, é escolher a melhor resolução – mesmo que seja optar pelo silêncio e a inação. "Há situações sobre as quais não temos como ir contra, como um chefe centralizador e autoritário, e a saída é aceitar sem sofrer"



Quem sabe é você, com o pavio no toco da vela, que não consegue administrar seu nível de irritação. Pense nisso!

(texto de Roberta De Lucca, publicado no site da Revista Vida Simples- outubro/2008)

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